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  Proibida venda! Respeito acima de tudo. Juntos pela legalização.

  Essa comunidade é alimentada em parceria com a Sechat que tem o propósito de difundir e disseminar informação, promover debates e agregar conhecimento sobre a Cannabis, suas propriedades e funções para o uso medicinal, principalmente.

Regras

PROIBIDO

-Assédio, abusos, ameaças ou intimidações a outros usuários

-Discurso de ódio ou descriminação

-Imagens ou discussões violentas ou prejudiciais

-Linguagem e imagens sexualmente explícitas

-Outros aspectos citados e proibidos nos Termos de Serviço

-SPAM

Cannabis Thinking conclui os trabalhos deste ano

Mais três blocos concluíram o Cannabis Thinking deste ano que se despediu do público com a certeza de dever cumprido, ao abordar profundamente um amplo espectro de temas. Mas, ao mesmo tempo, fica a sensação de que há ainda uma ampla lição de casa a ser feita e um longo caminho a seguir em benefício do mercado canabinoide.

Alex Lucena, chefe de inovação do The Green Hub, encerra o evento (Imagem/Arquivo Sechat)

Por redação Sechat

Abaixo as mesas que fecharam o encontro:  

PROMOÇÃO À SAÚDE – Valéria França (moderadora) André Steiner (fundador – The Quantic hub), Angela Durand (Gerente de serviços de saúde na Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança) e Giovanna Ferrarezi (Atleta campeã brasileira de salto com vara). 

André Steiner contou que a The Quantic Hub, empresa de cannabis especializada em testes genéticos e produção de medicamentos, está lançando a medicina de alta precisão, coleta dados genéticos que faz uma formulação específica para cada paciente. 

  

Angela Durand explicou que a associação que comanda atende pacientes sem condições financeiras de comprar medicamentos derivados de cannabis.

 

A atleta Giovanna Ferrarezzi alertou para a necessidade de o esportista profissional ter muito cuidado com o que ingere, pois a WADA (agência mundial antidopagem) pode realizar severas punições.

 

“Quando fiz minha operação do joelho e não estava competindo, tomei o medicamento de Espectro total, que ajuda na regulação do meu sistema endocanabinoide, juntos, os compostos da cannabis têm uma ação mais eficaz. Tomo 15 gotas diárias e, assim que ajustar minha dosagem de acordo com os parâmetro aceitos pela WADA, voltarei aos treinos.” 

JUSTIÇA CLIMÁTICA – Luciano Souza (moderador), Isa Pena (Isadora Martinatti Penna, deputada estadual e candidata à reeleição pelo PCdoB), Joseph W. Williams (Entrepreneur, Fundador e CEO na InDev Capital), Marcelo Demp (Vice-Presidente na LAIHA – Latin America Industrial Hemp Association e Luciano de Souza ((Sócio do escritório White Collar & Investigations)

Isa Pena é militante desde os 17 anos e por uma decisão coletiva e mudanças na política brasileira, acabou sendo escolhida para ser candidata. Advogada, trabalhou em diversas áreas, como feminista exercia a profissão dentro da sua militância. Em 2013 se candidatou à deputada estadual, mas não conseguiu se eleger. A cannabis sempre foi uma das suas lutas, participou de todas as marchas da maconha e em suas campanhas a planta sempre esteve pautada.

 

“A legalização da maconha é um ganha-ganha para todo mundo, estamos falando da economia, geração de empregos, da questão climática. Então, hoje temos consciência para enfrentar o conservadorismo no Brasil, isso muitas vezes significa até perder votos, no meu caso, mas agradeço, pois essa é uma pauta indispensável para todos.”

 

“Se estamos debatendo aqui uma nova economia, um novo mercado, isso vai nos fazer trabalhar todos os setores como logística, empregos, produção. Por que não priorizar em uma possível legalização os povos esquecidos? Por que não trazer para esse novo mercado as mulheres que precisam recomeçar suas vidas por causa da violência domésticas, os jovens negros, ou até mesmo os LGBTQIA+?  Estamos lidando com uma nova matéria prima, dessa forma, por que não por meio dela trazer povos deixados de lado pelas políticas públicas para esse novo mercado. ”

“Esse mercado que se abre precisa comprar um lado histórico, não há como construir um setor isentão da cannabis, ele tem que andar com políticas afirmativas e reparatórias precisamos ir além nas propostas. Estamos falando de um mercado que pode naturalizar jovens trans trabalhando, de um mercado marginalizado e que deve andar junto com outras esferas que também se conectam nessa marginalidade. ”

 

“O mercado da cannabis não pode deixar de dar a mão para pautas de luta como racismo, homofobia, entre outras pautas excluídas do debate por muitos anos. A ideia é construir um sistema de cooperação com os povos que já estavam aqui. Isso seria um movimento histórico.”

Ao decorrer dos anos Marcelo Demp foi aprendendo sobre a importância da cannabis desde o plantio, passando pela fabricação até a distribuição. O Paraguai foi o primeiro a entender a importância do cânhamo e, para ele, estamos tendo a responsabilidade e a consciência social de trabalhar com a planta de forma ampla e natural. 

“Hoje não existe ninguém interessado em cannabis com princípio ESG. Todo mundo fala que tem interesse social, sustentável, mas ninguém investe um real em princípios. A consciência das pessoas é algo complicado, todo mundo fica na sua zona de conforto, mas o Paraguai tem investido, trabalhando com bônus verdes, povos tradicionais, clima. A gente está nessa há quatro anos, ainda temos uns dois anos para concluir um processo de certificação para gerarmos bônus verdes. Quando transformamos o ESG em benefício econômico, as mudanças ocorrem. No Brasil falta tempo para se chegar a esse ponto.”

“No dia que o Brasil se flexibilizar para a produção e plantio espero que o mercado tenha consciência para começar por esse caminho da ética dentro dos conceitos do ESG. Ainda não existem muitas empresas focadas em certificar o crédito de carbono, estamos nessa busca porque para o Paraguai isso é muito importante.”

Confira a entrevista completa:

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