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Fórum - Cannabis Sativa

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Estudo no Reino Unido desfaz mito do "maconheiro preguiçoso"

Pesquisa mostra que o uso de cannabis não interfere negativamente no empenho ou determinação das pessoas em suas atividades diárias

(Imagem: Karlyukav/Freepik)
Por João R. Negromonte

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, publicaram recentemente um estudo que investigou como o consumo rotineiro de cannabis pode afetar a motivação das pessoas em suas atividades cotidianas.  

O termo em inglês “Iazy stoner”, muito utilizado para se referir a usuários de cannabis como “maconheiros preguiçosos”, revela o estereótipo negativo relacionado à pauta, que ainda gera desconfiança e preconceito por parte da sociedade.

A preguiça, para psicólogos, tem múltiplos significados. Pode ser uma falta de disposição crônica para realizar até mesmo atividades que você gosta, um sintoma de uma condição de saúde mental, um sinal de insatisfação com a vida, uma aversão contínua à disciplina e compromissos, entre outras. (Imagem: Freepik)

Contudo, de acordo com alguns cientistas das áreas de psiquiatria, neurociência e psicologia, a pesquisa publicada na revista científica “International Journal of Neuropsychopharmacology” realizada pela universidade inglesa, mostrou um novo panorama sobre tal relação.  

Segundo a pesquisa, feita com 274 adultos com idades entre 26 e 29 anos e adolescentes com 16 e 17 anos por meio de questionário, não houve diferença de comportamento entre usuários e não usuários de cannabis.

Para Will Lawn, pesquisador, médico e professor do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King’s College London: “ Há muita preocupação de que o uso de cannabis na adolescência possa levar a resultados piores do que o uso de cannabis na idade adulta. Nosso estudo, um dos primeiros a comparar diretamente adolescentes e adultos que usam cannabis, sugere que os adolescentes não são mais vulneráveis ​​do que os adultos aos efeitos nocivos na motivação, na experiência de prazer ou na resposta do cérebro à recompensa”, destacou. 

O questionário visava medir os níveis de anedonia (perda de capacidade de sentir prazer) e apatia (ausência de emoções), além de descrever o quanto eles gostam de estar com entes queridos e a probabilidade de concluir tarefas.

Desse modo, os resultados mostraram que o uso de cannabis em uma frequência de três a quatro dias por semana não está associado a apatia, colocando em xeque o estigma de “preguiçoso” e desmotivado, que recai sobre aqueles que a consomem.

“Na verdade, parece que a cannabis pode não ter ligação – ou no máximo apenas associações fracas – com esses resultados. No entanto, precisamos de estudos que procurem essas associações por um longo período para confirmar esses achados”, completa Lawn. 

Apesar dos dados promissores da pesquisa no Reino Unido, especialistas destacam que o uso de cannabis por adolescentes não é recomendado, devido ao pouco amadurecimento de células neurais, nas quais podem ser afetadas pelo uso abusivo dos compostos da planta.

 

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