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Mulheres Empoderadas - Rosa Parks

Rosa Louise McCauley, mais conhecida por Rosa Parks (Tuskegee, 4 de fevereiro de 1913 – Detroit, 24 de outubro de 2005), foi uma ativista negra norte-americana, símbolo do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Ficou famosa, em 1º de dezembro de 1955, por ter-se recusado frontalmente a ceder o seu lugar no ônibus a um homem branco, tornando-se o estopim do movimento que foi denominado boicote aos ônibus de Montgomery e posteriormente viria a marcar o início da luta antissegregacionista.

Blake notou que umas duas ou três pessoas brancas estavam em pé. Para resolver o problema ele mudou o sinal de "colored" ("pessoa de cor", termo usado nos Estados Unidos para se referir a afro-americanos) para atrás da fileira onde Parks estava. Ele exigiu que os passageiros negros sentados levantassem para que os brancos pudessem sentar. Enquanto os outros três negros levantaram, Rosa se recusou. Anos depois, em uma entrevista, ela recordou: "meu corpo foi tomado por uma determinação, como uma colcha numa noite de frio". Parks se moveu, mas para o assento da janela. Blake, o motorista, perguntou para ela: "Por que você não se levanta?" Ela respondeu que "Eu não deveria ter que me levantar". O homem chamou então a polícia e mandou prender Rosa Parks. Quando o policial chegou ela perguntou "Por que vocês mexem com a gente assim?" Ele respondeu: "Eu não sei, mas a lei é a lei e você está presa”.

Nixon, Jo Ann Robinson e outros ativistas de direitos civis decidiram usar o caso de Parks para chamar atenção do público para a causa de encerrar a segregação racial nos Estados Unidos. Três dias depois do evento, a 4 de dezembro, foi convocado um boicote aos ônibus de Montgomery. Nos eventos que se seguiram, alguns líderes religiosos e ativistas se destacaram, como os reverendos Ralph Abernathy e Martin Luther King, Jr.. Os mais de 40 mil usuários negros de ônibus da cidade e arredores prosseguiram com o boicote por 381 dias. Em 1956, a Suprema Corte americana julgou inconstitucional a segregação racial em transportes públicos.

Rosa Parks se tornou então um ícone do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos mas isso não foi necessariamente bom para ela no curto prazo. Sanções eram feitas contra os ativistas dos direitos civis e ela teve dificuldade em conseguir emprego e ainda teve de enfrentar a animosidade da cidade. Sofrendo ameaças de morte por parte de grupos de supremacia branca, ela se mudou para Hampton, Virgínia. Ela se mudou novamente não muito mais tarde para Detroit. Apesar desta cidade ser mais progressista que as do sul, Rosa ainda teve que lidar com racismo e segregação. Ela recebeu apoio e manteve contato com lideranças dos movimentos civis, como o congressista John Conyers e o reverendo Martin Luther King. Ela continuou, nos anos 60, como uma ativista dos direitos dos negros e participou de diversas iniciativas e marchas pela igualdade.

Em 1992 ela publicou sua autobiografia, Rosa Parks: My Story. Viúva e com enormes dificuldades financeiras, em 2002, ela foi despejada de seu prédio. A igreja batista Hartford Memorial a ajudou e, devido a comoção nacional por sua situação, o banco resolveu perdoar sua dívida e ela viveria de graça no seu prédio pelo resto da vida.

Acometida de doenças mentais e saúde muito debilitada, seus últimos dias foram sofridos mas ela sempre lembrava em boa estima os feitos de sua vida. Rosa faleceu em seu apartamento, em Detroit, a 24 de outubro de 2005, de causas naturais. Seu caixão foi velado com honras da Guarda Nacional do estado de Michigan. Autoridades e antigas lideranças dos movimentos civis compareceram ao seu funeral.

 

 

 

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