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Novo programa do governo beneficia grupo com Bolsa de Estudos

No último dia 20, o governo brasileiro, liderado pelo Ministério da Igualdade Racial, lançou um programa de bolsa de estudos.

Ele se destina a mulheres pretas, quilombolas, indígenas e ciganas interessadas em realizar doutorado, com parte do estudo no exterior e parte no Brasil.


A ministra Anielle Franco fez o anúncio e a iniciativa recebeu o nome de “Atlânticas: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência” em homenagem à historiadora Beatriz Nascimento.

O programa disponibilizará um total de 45 bolsas de estudos, com um investimento de R$ 8 milhões. Através deste lançamento, o Ministério busca promover a diversidade e proporcionar excelência e inovação por meio do envolvimento de pessoas com diferentes identidades e experiências.


Regras para concorrer à bolsa de estudos
As regras para concorrer às bolsas de doutorado no exterior fazem algumas exigências. Primeiramente, as mulheres devem estar matriculadas em cursos de doutorado reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes).

Ademais, podem também ter concluído programas de pós-graduação pela mesma instituição em qualquer área de conhecimento. O doutorado será realizado com parte do curso no Brasil e parte em um país estrangeiro.

A iniciativa do governo é baseada em dados que apontam uma discrepância entre pesquisadoras brancas e pretas. Menos de 5% das bolsas de doutorado no exterior são concedidas a mulheres pretas, enquanto mulheres brancas recebem 30%. No pós-doutorado, 12% são pretas e 38% brancas. Surpreendentemente, não há nenhum indígena como bolsista do CNPq para doutorados.

Na cerimônia de lançamento, a ministra Anielle defendeu a importância de um Brasil mais diverso, especialmente na academia. Ela ressaltou que a diversidade é fundamental para a produção de ciência de qualidade na graduação e pós-graduação.

A secretária de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, comentou que o programa surge para suprir a falta de oportunidades. Dessa forma, aumentará a inserção e permanência de mulheres cientistas que contribuem com suas características práticas e éticas para a visibilidade intelectual.

Quem é Beatriz Nascimento?

Beatriz Nascimento, homenageada pelo programa, foi uma historiadora preta brasileira. Ela é reconhecida como uma das principais intelectuais do país, com importantes contribuições no estudo da identidade negra como instrumento de autoafirmação racial, intelectual e existencial. Infelizmente, Beatriz foi vítima de feminicídio em 1995, aos 52 anos de idade.

 

Fonte Notícias concursos

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